Segunda Lei de Mendel

Segunda Lei de Mendel

Segunda Lei de Mendel

Por: Juliana Saraçol

 

Conhecida também como Lei do Diibridismo.

Para entender a segunda Lei de Mendel devemos considerar duas características que foi observado em plantas de ervilhas: a forma e a cor da semente.

 

Dica: Veja na seção Figuras, figura 6 (Forma e Cor da Semente)

 

 

Para estudarmos esses dois caracteres, precisamos considerar dois pares de cromossomos homólogos: o portador do alelo para a forma e o portador do alelo para a cor.

 

Exemplo:

Vamos considerar uma planta que produza sementes lisas e amarelas (homozigota para os dois caracteres).

Logo, será RR (forma lisa) e VV (cor amarela). Sendo RRVV.

Assim, uma planta que produza sementes rugosas e verdes será rr (forma rugosa) e vv (cor verde). Sendo vvrr.

 

Se cruzarmos uma planta que produza sementes lisas e amarelas com outra que produza sementes rugosas e verdes, qual será o resultado?

 

         

         Geração P (parental):                                RRVV          X          rrvv

         Tipos de gametas produzidos:                     RV                          rv

 

 

 

Os indivíduos da geração F1 serão:

 

Gametas

RV

rv

RrVv

 

 

Todos os descendentes, pertencentes à geração F1, são híbridos para os dois caracteres: forma e cor da semente. Logo, são diíbridos.

 

Monoíbrido são os híbridos para um caráter, diíbridos são híbridos para os dois caracteres.

 

Veja o cruzamento entre diíbridos, como geração F2:

 

         

Geração F1:                                RrVv          X          RrVv

 

 

Os indivíduos produzidos na geração F2 serão:

 

Gametas

RV

Rv

rV

Rv

RV

RRVV

RRVv

RrVV

RrVv

Rv

RRVv

RRvv

RrVv

Rrvv

rV

RrVV

Rrvv

rrVV

rrVv

rv

RrVv

Rrvv

rrVv

rrvv

 

 

Logo, teremos:

 

Genótipo

Fenótipo

Proporção

R_V_

Sementes lisas e amarelas

9/16 ou 56,25%

R_vv

Sementes lisas e verdes

3/16 ou 18,75%

rrV_

Sementes rugosas e amarelas

3/16 ou 18,75%

rrvv

Sementes rugosas e verdes

1/16 ou 6,25%

 

 

Podemos calcular o número de fenótipos, de genótipos e o de combinações                                                                                                          possíveis, em qualquer cruzamento entre híbridos.

Considerando n como sendo o número de pares de alelos, podemos esclarecer:

 

Número de fenótipo: 2n

 

Número de genótipos: 3n

 

 

 

 

Para os monoíbridos, o valor de n = 1. nesse caso, teremos: 2 fenótipos e 3 genótipos.

No caso de diíbridos, teremos:

 

 

Número de fenótipo: 2n =22 = 4

 

Número de genótipos: 3n = 32 = 9

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para verificarmos quais os gametas formados em um individuo com genótipo AaBbCc, devemos nos lembrar que os pares de alelos estão localizados em cromossomos diferentes, que sofrem disjunção independente no momento da meiose (no caso dos animais). Assim, um gameta que recebe o cromossomo portador do alelo A pode receber o que contém o alelo B ou o que contém o alelo b, e o outro cromossomo contendo o alelo C ou o alelo c. o mesmo é válido para o gameta que receber o cromossomo com o alelo a.

Você pode concluir que há oito possibilidades na formação dos gametas.

 

Dica: Veja na seção Figuras, figura 7 (Possibilidades na Formação dos Gametas).

 

 

Podemos também utilizar a seguinte fórmula, muito útil para o cálculo do número de gametas formados em poliíbridos: 2z, onde z corresponde ao número de pares de alelos em heterozigose.

Assim, no nosso exemplo, os dois indivíduos apresentam três pares de alelos em heterozigose: Aa, Bb e Cc. Utilizando a fórmula, teremos 23 = 8 tipos diferentes de gametas.

Para descobrir o número de genótipos possíveis, você já sabe que devemos calcular 3n, onde n corresponde ao número de caracteres. Nesse caso, temos 3 pares de alelos, que, de acordo com a segunda lei de Mendel, condicionam 3 caracteres; assim, teremos 33 = 27 genótipos possíveis.